segunda-feira, dezembro 28, 2009

Complicações

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Isto dos dinheiros é muito complicado...
Contas, bancos, extractos, cartões...
Porque não tentar simplificar, sr bancário?
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Dica:
"Como entender o mundo dos dinheiros-
manual para totós-muito-totós-mesmo"
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Sim, e depois?

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Hoje tive uma conversa séria com o Poquinhas.

Não sobre as “coisas da vida”, como foi com a Hortaliça, ainda é cedo (lá chegará o dia :P) mas sobre um tema completamente diferente e extraordinariamente importante.

Falamos sobre….

INCONTINÊNCIA PARA GASES

Sim… o Poquinhas, às vezes, é incontinente… e depois? :P

(Só para informar os distraídos- é normal nos cachorros pequenos, tá?)

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domingo, dezembro 27, 2009

Já estou a ficar nauseada...

... e ainda nem enfrentei a fila da secretaria. Mais uma vez, a digníssima senhora da secretaria da faculdade tratou de fazer **** na minha certidão de conclusão de curso. E a minha última semana de férias vai ser passada num corre-corre de requerimentos e papelada e, com a sorte que tenho, se calhar, um erro óbvio não vai ser tão óbvio para aqueles dois neurónios enferrujados e ela vai-me obrigar a escrever cartas ao Sr Director, ao Sr Reitor, ao Sr Papa e a quem ela se lembrar. :((((. E só tenho uma semana para ter os papéis prontos para entregar no meu novo hospital. Já passou tanto tempo desde que acabei o curso e não há maneira de me ver livre daquela secretaria. *************!!!

Haja paciência. Muita.

terça-feira, dezembro 22, 2009

Sim, é verdade, o cenário caiu

Para além do cenário ter caído durante a entrega das cédulas profissionais (vá lá que as camaras de televisão estavam do mesmo lado e não captaram esse momento emocionante), muitas coisas aconteceram durante o Juramento de Hipócrates. A primeira foi a existência de poucas caras conhecidas que por serem poucas cumprimentaram-se efusivamente com abraços, beijinhos e risinhos histriónicos. A segunda foi uma lagrimazita a querer saltar quando li o Juramento. A terceira foi cabelo da Barrinhos (uauauauauau) que brilhava mais que os candelabros a fingir que decoravam a tenda. A quarta foi o cheiro enjoativo a fritos que inundou o espaço a meio do juramento e que pôs as pessoas com a barriga a roncar ou com ar de que queriam vomitar. A quinta, e segunda mais importante a seguir ao Juramento, foi o discurso do Bastonário. Palavras chave a reter do discurso: terror (de nos vermos pela primeira vez sozinhos com doentes), no mínimo um disparate ( a respeito das novas faculdades de medicina de aveiro e algarve... ia jurar que ele também empregou a expressão formar assassinos mas não tenho a certeza) e por último, desemprego médico, já temos o dobro dos médicos por 100 mil habitantes relativamente ao Reino Unido (já me estou a ver daqui a seis aninhos a emigrar para a Suíça ou Inglaterra :( apetece-me torcer o pescoço do Sócrates que é um inconsequente e vai dar cabo dos médicos como deram cabo dos advogados com a reprodução não controlada de faculdades de direito).

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Desconto em tempo de Natal

SÓ MESMO A MIM
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Local: Covilhã
Horas: 10h da matina
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Situação perfeitamente banal: estávamos à frente do apartamento da minha irmã, à espera da boleia do nosso tio, para uma visita pela zona histórica (varrida por um vento gélido de arrepiar a espinha)...

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Situação estúpida (de certo induzida pelo tal frio horrível que congelou neurónios e aniquilou as minhas já raras sinapses): um carro, o do meu tio (ia mesmo jurar que era o dele…) parou em frente ao apartamento e então, de nariz vermelho e a pingar fui a correr para lá e abri a porta e disse:

- Olá tio! (devia ter acrescentado- está atrasado 2 min e por sua culpa estou gelada )- disse eu, ainda sem olhar para ele.

Sentei-me no banco da frente e ele diz, incrédulo:
- O que quer, menina?
E então olhei para ele, remelenta (10h é muito muito cedo…) e vi… um sujeito gordo e desconhecido.
Aparvalhei.
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Uns miúdos na rua aperceberam-se de tudo e riam-se a bandeiras despregadas.
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O meu tio, mais à frente, buzinava do carro, não percebendo o que é que nós tínhamos ido fazer ao tal carro
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Enfim.
Quero desconto.
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(sou mesmo descarada… a meter-me assim com um desconhecido looool)
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quarta-feira, dezembro 16, 2009

Não, não vou dizer se os meninos do lado são giros


O que a fotografia não diz é se foi a (ite) ou a irmã da (ite) a deixar as chaves esquecidas na fechadura. Também não é importante. Quem nos conhece sabe que um dia é uma, no outro dia é outra. Heheheheh. Haja vizinhos simpáticos.
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Uma imagem vale mais que mil palavras



terça-feira, dezembro 15, 2009

Recados da light...

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Para a menina lemonite ficar com inveja (e reconsiderar)...
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Para a menina semi- é para quando a entrega? :P
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domingo, dezembro 13, 2009

Fotobiografia

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Esta é a história verídica de uma menina de 15 meses, muito gira e simpática, separada à nascença da mãe, com pai desconhecido. Apresento-vos a Hortaliça (nasceu na altura em que eu ainda não tinha muita imaginação para dar nomes lol. No Domingo nasceu a Caganita, um nome muito mais in :D).
.(a Hortaliça)
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No sábado foi um grande dia para a Hortaliça, muito importante, o dia em que o cabeçudo iria encontrar e enamorar-se pelo seu óvulo. Mas antes de tudo ter acontecido, tive uma conversa franca com ela, sobre as “coisas da vida” que era importante ela saber, uma vez que é ainda muito ingénua. Sem pudor, para esclarecer. Entre outras coisas, disse-lhe que nunca se deve confiar num desconhecido que lhe lamba o dorso e lhe mugisse ao ouvido. E ela, nesse momento olhou para o Minusculinho e sorriu (à maneira dela :p).
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(o Minusculinho)

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Expliquei-lhe todo o processo de fertilização, falei-lhe do homem e do sémen escolhido (jersey). E ela olhou para mim como um boi para um palácio e disse a lacrimejar:
- Estou apaixonada pelo Minusculinho… Porque é que o cabeçudo não é dele? Oh que estou tão triste...
- Prepara-te Hortalicinha… senta-te… O Minusculinho… o Minusculinho é infértil. É impossível que haja um “zuca-truca” produtivo (típica linguagem bovina).
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E pronto. Ela compreendeu e consentiu… e dentro de 38semanas: voilá J
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PS.: Como sou uma madrinha simpática já me prontifiquei para lhe dar umas aulas sobre a preparação para o parto: o controlo da respiração, os exercícios pélvicos e coisas do género (aprendidas em Ponte de Lima lol). A Cabeluda, a Miquelina e a Cornuda também estão convidadas a assistir!
.(a Cabeluda, a Miquelina e a Cornuda)
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sexta-feira, dezembro 11, 2009

Back

Dei por mim a pensar que já não escrevo há algum tempo aqui, mas a casca não pode secar por isso cá estou eu!!!
Feliz com as minhas escolhas, feliz com o novo look "modernaço" do lemon; feliz apesar de uns bonecos de banda desenhada me darem cabo do juizo; triste porque parece que o Jorge está num relacionamento sólido (bahhhh)!

Resumindo,

Miúdas em casa de quem é o jantar?

Pensamento agridoce..

Dei comigo a pensar que o envelhecimento é sábio. Traz-nos doenças mas também o esquecimento delas. Felizmente.
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quarta-feira, dezembro 09, 2009

Piedade

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Outra vez o "Last Christmas" do George Michael nãããããããããããããoooooooo!!!!
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(os olhos arregalados não deixam dúvidas... George Michael, este Natal, não)

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terça-feira, dezembro 08, 2009

Podem não ser a melhor banda do mundo mas são certamente a maior


E até ao dia vão ser guardados como um pequeno tesouro.

sábado, dezembro 05, 2009

A nova inquilina

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Já faz parte da família há mais de um mês. Apareceu num dia de chuva, escondida entre arbustos no jardim. Não dei logo por ela. Era minúscula e preta mas miava aflita pela mãe que nunca apareceu. Com aquele tamanho só poderia ter chegado até ali se alguém a tivesse atirado para lá ou se a mãe gata a tivesse deixado cair ali. Como nunca nenhuma gata regressou para reclamar o seu filhote, penso que este ser minúsculo é mais uma vítima da crueldade de seres humanos.

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Minúscula, assustada e com frio num dia de chuva. Fugia e escondia-se sempre que alguém tentava chegar mais perto. Instalou-se definitivamente por baixo do meu carro e só saia para comer os biscoitos que colocavamos perto. Com o tempo aproximou-se e acabou por conquistar a amizade dos outros gatos (4!) e a cama do abacaxi.



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Continua assustada mas já permite que cheguemos perto. E já reclama por atenção e comida como os outros gatos. O meu palpite é que daqui a umas semanas já se vai enroscar nas minhas pernas e ronronar como se fosse um aspirador. A minha amèlie. Como aquela que tinha um destino fabuloso e que também era assustada.
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PS- Eu sei que as fotos são fraquinhas mas foram tiradas com o telemóvel e de longe. Em breve tiro umas mais bonitinhas e que façam justiça à amelie. Se se clicar nas fotos elas aumentam e já dá para perceber melhor.





segunda-feira, novembro 30, 2009

Uma questão de cor

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Este blog está agora muito azul...
Quererão, porventura, as outras limoas
dizer-me alguma coisa?
:P
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(uma imagem fresca é sempre óptima :p mas aquele vermelho, o único lol parece sangue... muito mórbido... :P)
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À Dra Mara, à Dra Alexandra e ao Dr Manel


Mais do que médicos com estetoscópio, estes três meninos vão ser médicos de estetoscópio. Porque realmente o vão usar nos doentes e não apenas como adereço de moda (e status). E porque eu respeito imenso os médicos que realmente usam o estetoscópio, expresso aqui o meu orgulho enorme de ter três amigos tão dignos e generosos. À Mara e à Alexandra, desejo que tenham "utentes" (ah pois é... não são doentes) simpáticos e que valorizem o vosso trabalho. Ao Manel... pah nem sabes o quanto te admiro... porque oncologia não é para qualquer um... é para pessoas muito generosas.

E já fiquei com a lagrimazita ao quanto do olho. O tempo passa tão depressa.

O lemon mudou de roupa

Aquele layout estava a enjoar. A ideia tinha sido boa - pôr limões a voar no azul - mas, por alguma razão informática que nunca entendemos, as dimensões daquilo ficaram desajustadas. Havia sítios com sobreposições. Tínhamos títulos em inglês que não sabíamos mudar. Enfim...uma vergonha.

Agora, mudámos. Está mais lavadinho. Tem um "limão cometa" no título. Aliás, foi a imagem que me inspirou a mudar o layout. Depois de pedir com muito jeitinho às outras limoas para alterar isto tudo, tentei contactar o legítimo dono do "limão cometa" que tem fotografias no olhares.aeiou.pt, para pedir autorização para a sua utilização. Mas por alguma razão que também não entendo, o site do olhares só me deixa enviar uma mensagem ao legítimo dono da imagem se eu também tiver uma galeria de fotos lá.

Fica registada aqui a intenção e ali ao ladinho (na barra lateral) os créditos da imagem e o link para a página do dono. Vale a pena espreitar. Tem fotografias lindíssimas.

domingo, novembro 29, 2009

Sapatos Vermelhos

E num impulso, como se de um afago da alma se tratassem, comprei-os.
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E, no fundo, não são mais do que um símbolo. De maturidade e independência. Porque quero percorrer este novo ciclo da minha vida em saltos altos. Porque mereço.


sexta-feira, novembro 20, 2009

Hmmm...

Estou com uma insónia incrível. Daquelas que moem e remoem e voltam a moer. E o exame já está feito e já estou de férias e essas coisas todas. Rrrrrrrrrrrr. E continuo com esta insónia. E já são quase 7 da manhã.

Acabou... Sobrevivi..

Acabaram-se os dias colados às paginas sarapintadas do Harry. Se correu bem? Depois de ver as asneiradas que fiz (daaaaaaaah para mim), e da saraivada de perguntas de capítulos que NÃO constavam da lista habitual (dahhhhhhh para a ACSS), não correu mal. Também não correu especialmente bem. À partida não terei limitações na escolha de qualquer especialidade que tivesse interesse prévio mas poderei ter na escolha de sítio... A ver vamos.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Para as minhas meninas

Falta pouco!
Beijocas e Força aí ;)

segunda-feira, outubro 26, 2009

Projectos

Depois do cabeleireiro e esteticista, a minha prioridade pós exame é uma visita ao IKEA comprar aquele cadeirão confortável ideal para vegetar na companhia da FOX e de um balde de pipocas.

sábado, outubro 24, 2009

Eu vou! Eu vou!


Hoje nem as leucemias do Harry me estragam o dia!

segunda-feira, outubro 19, 2009

sábado, outubro 17, 2009

Há 4 anos...


Há 4 anos as limoas estavam nos primeiros lugares da fila do Gaiashopping (ainda me lembro do meu número: 4). Erámos jovenzinhas e até nem nos importávamos de passar uma noite ao relento enroladas em edredons. Lembro-me bem que a sees the light quase desistia da fila porque queria ir ver o jogo do benfica na televisão. Lembro-me também do ar arreliado porque havia muito barulho e ela não conseguia ouvir o relato. Houve alturas durante aquela noite que duvidámos da nossa lucidez. Afinal nem erámos fãs malucas. Sabiamos uma ou outra música vá. Mas ficámos (muito por teimosia) e não nos arrependemos. Foi um concerto inesquecível.

quarta-feira, outubro 14, 2009

Ai que sono

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Porque é que os galos dos vizinhos teimam em querer acordar-me quando eu quero é dormir???
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(ai se eu gostasse de arroz de cabidela...)
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segunda-feira, outubro 12, 2009

A respeito das eleições autárquicas

Diz o ditado (e muito bem) que o povo é sábio na sua decisão. Escolhe os seus representantes à sua imagem e semelhança.
Ora um povo
  • ignorante (que vota em símbolos e não entende o conceito de ideologia),
  • facilmente corruptível (vota no que lhe deu o chouriço e atira para o chão o programa eleitoral),
  • condicionado (porque o candidato X se ganhar vai dar emprego à nora, ao genro e ao cão (para os despedir pouco depois porque o voto já lá canta)), e
  • intrinsecamente chico-esperto (idolatra o "sr endinheirado" especialmente se o dinheiro proveio de negociatas mal explicadas e santifica o "gajo" que até saca subsídios ao estado apesar do mercedes),

só pode ter o que deseja (e merece!): autarcas corruptos e mafiosos que se sustentam a si mesmos em redes complexas de "favores".

Viva Oeiras! Viva Gondomar! Viva a Madeira! Viva as aldeias rurais por esse Portugal fora!
Louco é o ingénuo que acredita que é possível mudar toda uma população, toda uma cultura do "rouba que és esperto e o padre perdoa com duas avé-marias".
Felizes os pobres de espírito pois é deles este reino. Não poderia ser outro. Não poderiam ser mais felizes noutro.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Platónico

Ele sorri embevecido. Sempre. Essa é a constante. Tudo o resto varia. Ora fica calado e mexe muito as mãos uma na outra. Ora fala muito depressa num tom de voz mais trémulo que o habitual. Ora dá risadinhas nervosas. Há dez anos que isto acontece. Talvez eu seja uma paixão platónica duradoira. Daquelas genuínas e inocentes que são a representação de alguém que não existe num corpo que existe.

quarta-feira, setembro 30, 2009

Já estou numerada!

Veio num papel azulinho, com selo branco e tudo e tudo e tudo. E dizia "sra dra", o que acho de muito mau gosto... era bem mais giro dizer "sra mestre" (integrada). E ainda mais giro seria dizer "mestre dos canabinóides"! Isso é que era!!!


50398

segunda-feira, setembro 28, 2009

Para a já-médica-limoa

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Qual foi o teu primeiro diagnóstico, qual foi?
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(Lemon_sees_the_light a disparatar durante o estudo do capitulo "doenças vasculares das extremidades", após ter avançado uns quantos...)
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domingo, setembro 20, 2009

Auto-estima

Aconteceu há pouco em frente a minha casa. Uma história como muitas outras. Uma história que nunca deveria acontecer.

Meia noite e meia. Ouvi um carro fazer uma travagem brusca e berros de uma discussão. Levantei-me da minha secretária e olhei pela janela. Um carro preto e berros, muitos berros. Uma discussão de namorados. Com palavras feias.

Voltei à minha secretária e pensei: "arrufos de namorados... logo vão embora". Mas não foram e a discussão aumentou e, mesmo que não quisesse, a uns 30 metros de distância eu ouvia tudo. O rapaz saiu do carro. Cabelo cheio de gel, pronúncia cerrada do norte. Deu uns pontapés ao muro do jardim do meu vizinho. Chamou-lhe p****, gritou-lhe que estava farto que ela f****** a cabeça dele com os problemas dela. Fiquei incomodada. Muito incomodada. Tentei adivinhar-lhes a idade. Ele deveria ter pouco mais ou pouco menos de 20 anos. E ela deveria ser bem mais nova como é costume por aqui. Ele entrava e saía do carro. Dela só se ouvia o choro e uma voz entrecortada pela respiração ofegante que suplicava "não me deixes.. depois arrependes-te". Na rua o silêncio absoluto. Um ou outro vizinho acendia a luz. Verificava que era uma briga de um casal. Desligava a luz. Sentada na minha secretária tentava regressar ao Harrison, convencida que ainda iria acabar em reconciliação acalorada. Mas não conseguia pensar em nada. A cada momento condenava a atitude subserviente da miúda e o traste do rapaz. E pensava na generalidade dos casais que conheço. Em quantos deles aconteceriam estas discussões com agressões verbais gravíssimas? E pensava em mim, claro. Pensava em como em quase 3 anos de um namoro nunca tinha acontecido uma voz mais alta, ou uma palavra mais feia. Discussões e desentendimentos foram vários. Humilhação nunca. Assim estava a questionar e a reflectir sobre as razões que levariam uma pessoa a aceitar tal humilhação e ainda a implorar para que a relação continuasse. As vozes acalmaram-se. Sosseguei. De repente ouço berros de desespero. Levanto-me e vou novamente à janela. Ele estava do lado de fora do carro a puxá-la para ela sair e ela não saía. Considerei que aquilo já era abuso físico e resolvi intervir. Vejo, incrédula, ele a puxá-la e a atirá-la para o passeio. Desço as escadas numa correria, desligo o alarme, acendo as luzes do jardim, abro o portão e ainda tenho tempo de a ver deitada em cima do capot do carro. Ele a ameaçar que vai arrancar e que passa por cima dela. Já ia a sair do portão quando o ouço dizer: "então entra no carro que eu levo-te a casa". Paro. Ela parece aliviada e já estava a dirigir-se para a porta do carro quando ele arranca. A rapariga grita, esbraceja, corre atrás do carro. Ele não volta. Ela senta-se no passeio. Vou perto dela e pergunto-lhe se ela quer que eu a leve a casa. Ela a chorar compulsivamente diz que não. Dou-lhe o meu telemovel e digo para ela ligar para alguém a vir buscar. Ela diz que não quer. Nela tudo é fúria agora. Diz-me: "se ele me deixou aqui é aqui que ele me vem buscar". Eu ainda começo com "não é boa ideia.. é melhor conversarem depois.. " Continuo a insistir que a levo a casa ou então para ela ligar para alguém. Não me parece que ela tenha mais que 16 anos. Excessivamente maquilhada, vestido de verão demasiado curto, stilletos. Digo para pelo menos, ela esperar por ele no meu jardim, para não ficar no meio da rua assim. Não adianta. Ela atira-me um "deixa-me sozinha". E eu respeito. Antes digo-lhe que se ela mudar de ideias para tocar na minha campainha. E regresso a casa. Enquanto estou a escrever este post a miúda continua sentada no passeio, sozinha e certamente com frio. O rapaz não voltou. Passaram alguns carros que abrandaram, talvez tomando-a como uma prostituta. Ela não desarma e continua ali. Demasiado orgulhosa agora. Como gostaria que ela tivesse sido mais orgulhosa há pouco na discussão. Como eu gostaria que fosse menos orgulhosa agora.

sexta-feira, setembro 18, 2009

Cartas de Amor

Com letra cuidadosamente desenhada ou praticamente ilegível. Com recordações do passado ou projectos para o futuro. Marcadamente emotivas ou descaradamente racionais. Elaboradas como um poema ou de uma simplicidade desconcertante. Um simples postal ou o mais belo poema.

Podem ser tudo. Mas para valerem, para serem a sério têm de chegar no correio.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Cabeça de vento

CONSELHO PRÁTICO:
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Nunca, mas nunca deixem caducar os vossos documentos
(principalmente nas vésperas de fazer inscrição na Ordem dos Médicos e no exame de especialidade)...
Dá péssimo resultado...
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(Esta sou eu [em versão não-identificada :P] com uma senha da Loja do Cidadão do Porto, n.º .... ta-ta-ra-ta... 126.
Sim... a contagem começou no número 1....)
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sexta-feira, setembro 11, 2009

Confused



Este post é dedicado à semi que anda numa confusão mental em vésperas de escolha da especialidade que vai seguir.


O conselho mais acertado que posso dar é que NÃO faças os testes psicotécnicos das faculdades de medicina norte americanas.


Os meus resultados foram:


1- Medicina Aeroespacial (hã??? o que é isso???)

2- Anatomia Patológica (como é possível?)

3- Ortopedia (só podem estar a brincar comigo!)

4- Dermatologia (só pode ser uma piada... eu abomino dermatologia)



A cereja em cima do bolo foi mesmo que eu não tinha perfil para Medicina Interna, Anestesiologia ou Cardiologia. Fiquei estupefacta. Se calhar ando enganadinha de todo. Ou então aqueles testes não são assim tão fiáveis quanto querem parecer.



terça-feira, setembro 08, 2009

Lamentável

Do alto da minha arrogância, desprezo-o e insulto-o, chamando-lhe "chico esperto". Ele agradece, convencido que é um elogio.

Lamentável.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Serviço de Medicina

Hora do almoço, copa:

doente 1-Agora dizem que tenho al....al...
doente 2-....gusmina??
doente 3- ....gromina??
doente 4-....brumia?
doente 1-... bumina, parece que é isso!
doente2 -Isso não me parece nada bom! A mim dizem-me que tenho costrol no sangue e as tensões no sangue, mas a albumina nunca me disseram nada!
doente 1- ( A olhar de esguelha)
doente 2- E sabe como é que isso se apanha ?
doente 1- Diz que é de deitar água na sopa!
doente 2- Ai sim? Olhe que eu nunca botei!
doente 3- Eu de vez enquando boto, mas nunca me disseram da bumina!

:)

Serviço de Urgência

Ela: doutora M, doutora Mmmmmmmmmmmmmmmm. (em plenos pulmões)
Eu: Sim!
Ela:O doente que está a fazer reposição de potássio, é seu?
Eu: Meu?
Ela: Sim!
Eu: Não!
Ela: Sim!
Eu: Não!
Ela: Sim!
Eu: Quer uma bolachinha!
Ela: Não, bom apetite!
Ela: É seu?
Eu: Não!
Ela: Tem de ser!
Eu: Não é de certeza, mas posso ver de quem é!
Ela: Deve ser seu, mas veja lá!
Eu: Ora chama-se......
Ela: Au...
Eu:É da Dra. S.
Ela: Ah!

Acho fabuloso como a nossa vulnerabilidade é um pequeno passo para os outros nos espezinharem.

sábado, setembro 05, 2009

Podia dar-me para pior


Depois de vários anos com muita vontade e pouca coragem, finalmente inscrevi-me numa escola de danças de salão. A primeira aula vai ser só em Janeiro (circunstâncias da "vida harrisoniana") mas já estou ansiosa. Vai haver Rumba, Samba e Tango Argentino durante seis meses. Agora só me falta um par..

sexta-feira, setembro 04, 2009

Incêndios Florestais



Há algumas coisas que me chateiam (muito) no Verão. Uma delas é o jornalismo de reportagem sobre os incêndios florestais. Há sempre a informação de que as matas não eram limpas há anos e o olhar acusador para a pobre população da zona. Vivendo eu numa zona rural gostaria de explicar algumas coisas básicas que nenhum jornalista se digna a explorar:


1- A maioria dos terrenos florestais são pequenas parcelas que nem chegam a um hectar em terrenos íngremes e com acessos difíceis.


2- A maioria dos donos são trabalhadores rurais que "vivem da agricultura" e como tal têm rendimentos baixíssimos.


3- Para além dos rendimentos baixos e, devido à desertificação do interior, a maioria dos donos florestais são pessoas já idosas.


3- A natureza desses terrenos não permite uma limpeza mecanizada. É necessário trabalho manual na quase totalidade dos terrenos.


4- Contratar alguém para limpar uma mata é praticamente impossível. (Digo isto por experiência própria). Nem anúncios nos centros de emprego resultam. Não há pessoas disponíveis para fazer um trabalho tão árduo, nem com um salário bem superior ao salário mínimo.


5- Em muitos casos, o valor comercial do terreno é menor do que o que se pagaria a alguém para o limpar. O rendimento que um dono tira de uma pequena parcela de terreno é diminuto (vender meia duzia de árvores que demoram 20 anos a crescer não paga nem uma limpeza de 10 em 10 anos quanto mais uma limpeza anual). E há terrenos em zonas mais inóspitas que nem o rendimento de venda de árvores existe ou porque elas não crescem nessas zonas, ou porque são demasiado delgadas ou porque nem há acessos para as tirar de lá.


6- A limpeza de florestas tem de ser feita anualmente. No espaço de um ano a vegetação volta a crescer, principalmente nas zonas húmidas.


Tendo em conta, o que foi explicado acima apetece-me dizer que a ideia de limpeza das matas é só para lisboeta acreditar que é viável. E enquanto assim for, os incêndios continuarão ano após ano. Não interessam ideias que não podem ser postas em prática. Para quando o incentivo da reflorestação com árvores como os castanheiros que são resistentes ao fogo? Porque bem pior que ver uma área queimada é muito mais revoltante ver uma área que havia sido queimada e que agora é um eucaliptal. Eucaliptos que secam as zonas húmidas e que as tornam mais susceptíveis a incêndios. Eucaliptos que numa situação de incêndio ardem rapidamente e espalham facilmente o incêndio ao provocarem faúlhas leves que percorrem grandes áreas.


Muito raramente se ouvem propostas de reflorestação com árvores endémicas. Será porque sem eucaliptos não há indústria de celulose? E é este o preço que todos têm de pagar para alimentar a indústria da celulose?


Fica o desbafo de um (ite) revoltada com mais incêndios no horizonte.



Material de trabalho

Balanço dos últimos 3 meses. Imagino as voltas à cabeça que a senhora da papelaria deve dar sempre que lá vou comprar caixas de lápis de cor. Mas para que é que uma médica precisa de tantos lápis de cor?? Ora, ora! Para pôr o Harry bonito e mais "comestível". :)

O meu mundo até dia 19 de Novembro



Uma obra artística o meu livro de Cardiologia. Tão bem pintadinho!! Reparem no calendário com imagens de Barcelona para não desanimar muito, na quantidade de lápis de cor (depressa farto-me de uma cor) e da concha que serve para por as aparas do lápis (encontrada na praia da ilha do Farol no Algarve).

Toscana








Se pudesse morava aqui. Como não posso vou dedicar-me a tentar convencer as Limoas a passarmos uns diazinhos aqui para o ano. Quam sabe não nos cruzamos com o Clooney e ele não nos convida para um expresso italiano? :P

Ponte de Lima


Setembro... Está o tempo perfeito para uma caminhada pelas margens do rio Lima até às lagoas de Bertiandos. Começar o passeio nos jardins cuidadosamente planeados e executados do Festival Internacional de Jardins, continuar por entre campos de espigas de milho e vinhas maduras e, finalmente, submergir na folhagem densa e selvagem do parque de Bertiandos. E reflectir nesta extraordinária metafóra. Da Civilização à Natureza.

quinta-feira, setembro 03, 2009

2 Setembro 2009, 17h30

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Há animais que nos compreendem melhor que as próprias pessoas.

O Kikinho foi um deles.
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O sopro do coração

Juro que se ouvir alguém trautear esta música dos clã sou capaz de cometer um homicídio. E a culpa é da minha cabecinha que se tornou num vendaval com tantos sopros cardíacos.

Cansada




Tantos meses a estudar tem efeitos perversos. Como pagar 2 vezes a conta da internet e só depois reparar que uma das cartas era do vizinho. O pior mesmo é que paguei as duas contas ao mesmo tempo e nem estranhei serem ambas da internet e... serem de operadoras diferentes.


Ainda faltam 2 meses.

segunda-feira, agosto 31, 2009

In love

Apaixonei-me por um blog(ger).

A sério.

oalfaiatelisboeta.blogspot.com

sexta-feira, agosto 28, 2009

Bola Branca

Há quem deixe lembranças no telemóvel para não se esquecer de ouvir a bola branca. E não sou eu.

domingo, agosto 09, 2009

Coffee break


Uma paisagem bonita para descansar os meus olhinhos cansados de tanta parvoeira harrisoniana..

sábado, julho 25, 2009

Imagens e cheiros...

Há imagens que são impossíveis de esquecer. E cheiros. E às vezes na solidão de um espaço ou de um tempo elas e eles voltam a escapar do sítio onde as encerrei. E volta aquele odor indefinível que resulta da mistura entre morte, overdose e tempo... muito tempo. E logo de seguida a imagem com o garrote e a agulha no braço. E ainda o pó que restou na mesinha. E o desvio de olhar. E a face que já não é, numa amálgama de verde e roxo e novamente verde. E o vómito contido na obrigação de se ser profissional.

Este post poderia chamar-se "Cicatrizes de um dia no INEM" ou "Como num dia envelheci dez anos".

E hoje voltei a sonhar com isto.. imagens e cheiros.

Amanhecer...

A bruma que ainda cobre os campos e se adensa à medida que se aproxima do rio Douro que se adivinha por entre as montanhas ao longe. Os pássaros que acordam na árvore em frente à janela do meu quarto. A árvore que tem o mesmo número de anos de vida que eu. A inevitável passagem do tempo. Eu e a minha última chávena de chá do dia. A mente cansada de factos memorizados para serem logo esquecidos. Um momento de serenidade ou de solidão.

Este amanhecer será sempre o momento perfeito para eu fechar os olhos e adormecer.

terça-feira, julho 21, 2009

Manifesto Anti-Harrison

Basta pum basta!!!

Uma geração que consente deixar-se representar por um Harrison é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!

Abaixo a geração!

Morra o Harrison, morra! Pim!

Uma geração com um Harrison a cavalo é um burro impotente!
Uma geração com um Harrison ao leme é uma canoa em seco!

O Harrison é um cigano!
O Harrison é meio cigano!

O Harrison saberá pneumonias, saberá taquicardias, saberá de hepatites, saberá tudo menos cozinhar “coixas”,perdão asas, para as amigas!

O Harrison pesca tanto de diarreias que até lhe dá mil e quinhentas definições!
O Harrison é um habilidoso!
O Harrison veste-se mal!
O Harrison usa ceroulas de malha!
O Harrison especula e inocula os concubinos!
O Harrison não lava os dentes!
O Harrison é Harrison!
O Harrison é Pascáceo!

Morra o Harrison, morra! Pim!

O Harrison teve uma nova edição! O Harrison tem sempre uma nova edição! O Harrison anda metido com o Cecil, têm relações num quarto escuro e frequentam o Bric a Bar!

E o Harrison teve claque! E o Harrison teve palmas! E o Harrison agradeceu!

O Harrison é um ciganão!

Não é preciso disfarçar-se pra se ser Harrison, basta escrever como o Harrison! Basta não ter noção da simplicidade , nem da clareza, nem da limitação da nossa memória! Basta andar com as tabelas, com as percentagens! Basta usar da tal incongruência, basta ter um capítulo de cardipatias congénitas e outro de leucemias e linfomas. Basta ser Judas! Basta ser Harrison!

Morra o Harrison, morra! Pim!

O Harrison nasceu para provar que nem todos os que escrevem sabem escrever!
O Harrison é um autómato que deita pra fora o que a gente já sabe o que vai sair...
O Harrison é um alter-ego do Pinóquio!
O Harrison em génio nem chega a pólvora seca e em talento é pim-pam-pum.
O Harrison nu é horroroso!
O Harrison veste roupa interior de mulher!
O Harrison cheira mal da boca!

Morra o Harrison, morra! Pim!

O Harrison é o escárnio da consciência!
O Harrison é a vergonha da intelectualidade!
O Harrison é a meta da decadência mental!

E ainda há quem não core quando diz estudar o Harrison!
E ainda há quem lhe estenda a mão!
E quem lhe sublinhe as frases!
E quem lhe pinte as páginas!
E quem lhe dedique amorosamente grande parte do seu dia!

Morra o Harrison, morra! Pim!

(pra voces meninas...bora lá arrumar com ele...)

domingo, julho 19, 2009

(Só para as limoas... os outros estimados leitores passem à frente)

Não há paciência para este Harry... Ele até pode ser o livro mais conceituado no mundo da Medicina e eu a miúda mais nabiça do mundo, mas em 100 páginas já vi 3 definições diferentes da mesma coisa:

Capítulo 40: Considera-se a diarreia crónica como a diarreia que dura mais de 4 semanas

Capítulo 285: Considera-se a diarreia crónica como a diarreia que dura mais de 6 semanas

Capítulo 288: Considera-se a diarreia crónica como a diarreia que dura mais de 3 semanas

Para cúmulo a seguir a cada uma destas definições há uma nota para ler os outros dois capítulos.
Irrita-me! Muito! Há milhões de médicos no mundo a adorarem esta "bíblia". O mínimo que se pede é coerência e que as dezenas de editores leiam REALMENTE o livro. Uma vergonha!

Pronto já estou mais calma. Já me passou a fase destrutiva. Agora apetece-me fazer uma lista de incongruências e mandá-la para os palhaços dos editores!

Desculpem este post diarréico minhas queridas limoas!

sexta-feira, julho 17, 2009

Memórias.

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Foi há um ano que tudo aconteceu.

  • Que chegámos a uma casa desconhecida de uma pessoa desconhecida (que era amiga da Sílvia Alberto :P), com vista para as obras (na net dizia que se via o belo jardim do Príncipe Real- pois pois)

  • Que perdemos um pano de cozinha quando este foi cair na varanda do vizinho de baixo surdo e partimos um prato da dona sujeita

  • Que descemos a serra de Sintra a pé e a tropeçar nas raízes das árvores

  • Que tivemos a ideia de tomar banho numa fonte no meio de uma praça junto a um bar de strip (mas com a esquadra da polícia ao lado… somos muito prevenidas :P)

  • Que o gás acabou e tivemos de tomar banho de água gelada e usar o forno eléctrico para cozer batatas, cenouras e afins

  • Que fomos ao bar gay mais famoso do Príncipe Real e fomos abordados por um transsexual, retocado por um péssimo cirurgião plástico, em tom de ameaça (e inveja :P)

  • Que bebemos uma vaca gorda meia estranha

  • Que passei as noites no sofá da sala (que também era cozinha) maravilhosamente acompanhada por uma simpática barata

  • Que fomos à Luz (obviamente) e tirei uma foto bem juntinho a uma grande poça de chichi, quiçá acabada de ser feita

  • Que passeamos por Lisboa, por todos os lugares obrigatórios e mais alguns.


Foi há um ano.
E de tudo isto o que restou?
Fotografias.
Lembranças.
Saudades.
Esperança. Que tudo um dia volte a acontecer.

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(com a presença de semi claro :P)

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quarta-feira, julho 08, 2009

Pediatria

Não, não e não.

Elas (pediatras) são morenas, loiras e falam com aquele tique de meninas bem. Aparentam simpatia quando rasgam aqueles dentes esbranquiçados à bugs bunny, tudo engano.

Os putos, são o mal menor, uma daquelas bombas relógio que nunca se sabe que porcaria de vírus nos vão passar.

Ja só faltam 52 dias, 6 urgências (sendo que 2 delas são fora da minha equipa/regimento/absolutismo/tiranismo/despotismo/miguelismo)


Tão contente que estou!

segunda-feira, julho 06, 2009

Esta gente é mais maluquinha que a (ite) (I)

"Restaurante promove 'menu do ataque cardíaco' com hambúrguer de 8 mil calorias"

"Um restaurante temático dos Estados Unidos está a promover um menu rico em gordura e calorias ao qual deu o nome ‘menu do ataque cardíaco’. No Heart Attack Grill, em Chandler, no Arizona, a decoração lembra um hospital, as empregadas vestem-se como enfermeiras e os clientes são chamados de 'pacientes'. (...) Ainda no site, ‘Dr. Jon’ informa que pretende tornar o estabelecimento num centro de dietas, para competir com programas conhecidos como o dos Vigilantes do Peso. «Nos nossos centros vamos oferecer aos americanos algo que nenhum outro programa de dietas jamais conseguiu fazer: uma dieta da qual pode verdadeiramente gostar e manter para o resto da vida», afirma ‘o doutor’."

Para ler o resto aqui: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=140217
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PS- Este post não era para ser sobre o hambúrguer mas sim sobre o propofol e Mr Michael Jackson. Iria começar com "estes senhores das notícias andam mal informados e não foram ler os efeitos laterais do propofol" e acabar com o típico "o que tu queres sei eu". Mas achei melhor não.

Para quem pensava que eu já me tinha deixado destes posts


Não deixei!

Andam a acontecer coisas muito estranhas no mundo da (ite)

Desconfio que deve ser a melatonina a castigar-me por levantar-me tarde e estudar pela noite fora até ouvir passarinhos a cantar.

1- Sonhei com o Zeinal Bava que andava com uns tubinhos fluorescentes na mão (a tal fibra óptica) a oferecer lápis de cor.

2-Ando a comer bocados de maça cobertos com gelado de caramelo da Carte d'Or. Nem o melhor chefe do mundo se lembraria disto porque.. não é bom. Mas ando viciada!

3- No dia em que descubro que EXISTE à venda nos supermercados café Bogani (weeeeeeeeeee!)e que decido comprar logo 5 pacotes, a minha máquina de café decide que é um bom dia para morrer.

sexta-feira, julho 03, 2009

Animais de estimação

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"O Max foi a minha relação mais duradoura."
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George Clooney,
referindo-se ao porco de estimação
que viveu 18 anos
e morreu em 2006
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Acho que o Colesterol não terá igual sorte...
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quinta-feira, julho 02, 2009

Doidice pegada

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Antes de mais, e como boa cidadã, começo por dizer que não se devem rogar pragas ao Benfica, esse grande clube.
O Harry, um sabichão, diz (em pág que já não me recordo) que...
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"em ensaios clínicos já realizados, o lançamento de pragas ao Benfica tem um efeito 4x superior ao placebo no aumento morbilidade, dependendo da gravidade da calamidade proferida. Aconselham-se medidas preventivas."
(bem se vê que a ite ainda não leu esta parte :P)
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Por isso, em nome do sucesso do Benfica durante os próximos 70 anos, parece que tenho de actualizar o blog com mais alguns disparates das outras limoas.
  • a ite é muito destemida (ou será... distraida?!) e acredita na boa fé das pessoas. Por isso, costuma deixar a porta do cacifo aberta com as chaves lá escarrapachadas, onde só falta um bilhete a dizer:

"É favor não mexer. Cacifo novamente, e pela 4ª vez consecutiva esta semana, em processo de arejamento. As minhas chaves de casa estão na porta. Em caso de dúvida, sr. assaltante, contactar-me no teatro anatómico, onde estudo, fascinada as maravilhas do núcleo accumbens. Trazer piaçaba, obrigada."

  • a semi passou ao lado de uma carreira de actriz (quiça como par romântico do Clooney- mas que tem o sujeito de especial???), mas, por vezes, gosta de praticar. Um dia, em pleno exame oral de Cirurgia Geral ensaiou um desmaio (era tipo uma prova de casting). Mas como o jeito para a representação afinal nem é muito...

... todos os doentes da enfermaria toparam logo (porque têm 2 jolhos e 2 jorelhas) que tudo não passava de um esquema maquiavélico para não fazer o exame. Foi uma vergonha. Há quem ainda tenha pesadelos com isso e recorra a medicamentos para repousar...

A outra limoa, euzinha, é incapaz de fazer ou dizer disparates (cala-te ite! É tudo calúnia! :P). Por isso, quando gentilmente me fizeram o ultimato...

... a dúvida instalou-se. Escrever sobre o quê?

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As eleições do Benfica? Não, nem pensar.
A importância do teste de Coombs nas Anemias Hemolíticas? Cada vez pior.
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Eis que alguém sugeriu:
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"Porque não escreves sobre os calções gay do Ronaldo?"
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Achei deprimente.
Aguardo melhores sugestões para próximo post (a inspiração anda a ser sugada pelo Harry. Agradeço a compreensão :P).
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Foi há um ano!


Há um ano atrás ainda não sabiamos que depois de muitas tentivas iriamos finalmente arranjar um apartamento. Ainda não sabiamos que seria no Príncipe Real. Ainda não sabiamos que este bairro iria fazer-nos lembrar outro bairro famoso de Madrid. Ainda não sabiamos que ninguém nos esperava no Hospital da Luz. Ainda não sabiamos que iamos fazer um escândalo na sede do BES por se terem esquecido de nós. Ainda não sabiamos como aproveitar um mês inteirinho em Lisboa sem nada para fazer. Ainda não sabiamos... que iria ser o melhor mês das nossas vidas. E que nos iriamos apaixonar por Lisboa.

terça-feira, junho 30, 2009

Homenagem à sees the light!

Não, não vou contar uma história romanceada da sees the light. Nem vou contar como ela consegue esconder microscópios em cacifos ou insultar o senhor funcionário do Serviço de Histologia com palavras caras que soam a palavrões mas que não são. Também não vou contar o facto de ela ter ouvido angustiada o relato de um jogo de futebol Benfica vs Clube de uma terrinha com jogadores amadores em plena aula prática de Fisiologia. O que eu vou fazer é um ultimatum:

Sees-the-light, ou escreves qualquer coisa aqui ou.. ou... não te dou a receita de bola de carne ou...ou... rogo uma praga para o benfica não ganhar o campeonato durante 70 anos!!

PS- Agora que o campeonato já acabou, dá umas férias ao aquihaluz.blogspot.com e regressa à casinha.. váaaa...... pleaaaaaaseeeeeee.

Homenagem à semi!

Esta coisa de estar fechada em casa a estudar tem muitos efeitos adversos como o andar insuportável mais vezes que o aconselhável, ficar carente mais vezes que o recomendado e asneirar constantemente (acabei de partir um candeeiro que a minha mãe adorava... o harry caiu-lhe em cima depois de umas páginas viradas com mais violência). Para contrariar o mau humor recorro a um antídoto muito eficaz: lembrar-me de episódios engraçados da vida das limoas (das outras... meus nem pensar ehheheeh :P).

E hoje, enquanto regressava ao capítulo dos transplantes hepáticos (pois, pois avancei..) e quase morria agoniada com a primeira frase que começa "Em 1960..", lembrei-me da semi-lemon. Para começar, médica mais médica que a semi não existe. A mais corajosa. A que não vacila nem um bocadinho mesmo quando se vê sozinha abandonada e gelada a meio da noite nas urgências de cirurgia geral. Para além disto (e dos caracóis perfeitos dos cabelos) ainda invejo a semi noutra coisa (inveja boa, claro!): na pontualidade. Eu que tenho um grave problema com relógios, despertadores (as aulas de manhã eram um sacrifício) invejo a pontualidade e o ar sempre fresco da semi. Talvez seja por isso que a lembrança da semi hoje me fez sorrir ( e a auto-desculpar-me das minhas asneiras porque até seres perfeitos erram! :P).

A história começa assim: Era uma vez há uns anitos atrás numa salinha de aulas do serviço de neurologia. A salinha era bastante estranha com remendos de azulejos e tijoleira muito sui generis que não deixavam enganar o passado daquela sala: tinha sido algures no tempo uma casa de banho. E para confirmar a origem ainda restavam duas torneiras de lavatório isoladas no meio da parede entre duas estantes de livros. Este cenário já fazia a mente desligar-se completamente da aula. Mas ainda havia mais. Aquele espaço exíguo era ocupado por 24 alunos que se apinhavam encostados uns aos outros ou empoleirados em armários. E o professor lá continuava a aula, projectando os slides na parede, englobando a única porta da sala. Lembro-me de durante as aulas haver alguns enganos e doentes abrirem a porta e ficarem desconcertados com o cenário de duas dezenas de médicos empoleirados, silenciosos, concentrados a fixarem a porta.. que eles tinham aberto. Depois de um momento de "what the hell..?" recuperavam a compostura, pediam desculpa e fechavam a porta. Acho que naquelas cabeças deveriam passar coisas inimagináveis porque só uma razão extraordinária justificaria o facto de 20 médicos estarem em silêncio enclausurados numa casa de banho. A razão é apenas uma: não havia espaço... os alunos multiplicam-se.. o hospital não cresce... as casas de banho não fazem falta nenhuma (pois pois)... logo vamos fazer salas de aula nas casas de banho. Depois deste contexto.. falta meter a semi nesta história. Pois um belo dia, a semi sempre muito briosa da sua pontualidade, irrompe pela porta. Nós não a vemos porque estava tapada pela tela onde são projectados os slides (naquele dia excepcionalmente havia uma tela)... só vemos os ténis inconfundíveis. Depois de um momento de pausa (desconfio que deve ter pensado que se tinha enganado na "casa de banho" pois a casa de banho habitual não costumava ter coisas brancas a taparem-lhe a visão dos seres enfadados em aulas), a semi luta para contornar o monstro branco. Nesta altura já está tudo em silêncio e expectante. Alguns alunos devem ter acordado com a falta do ruído monocórdico da voz do prof. Todos os presentes se concentraram naquela luta contra a tela e eis que surgem finalmente uns caracóis e depois o resto todo da semi. Ela avança confiante em direcção a uma cadeira vaga (que presumo que era a do prof, já que este se encontrava em pé... pois uma cadeira vaga naquele lugar tão densamente habitado só seria possível se fosse do prof). Continua o silêncio. Bem mais ou menos silêncio porque eu e see-the-light já estavamos desmanchadas a rir. Voltemos à semi.. sentadinha, com ar sério, já de caderno em riste para apontamentos fabulosos. E o próximo slide: fim. Aí a semi fica desconcertada... então a aula não começava agora?... logo seguido de um episódio de coranço enorme... e para terminar.. o prof que diz que a reter da aula fica o sentido de oportunidade (dos AVCs claro, claro) e já todos os alunos se riam menos a semi.

Desde essa altura a semi nunca mais foi a mesma... ficou com alergia a slides. Desconfio que não sabia que se tinha sentado na cadeira do prof (depois da vergonha não tive coragem de lhe dizer). E ainda bem! Senão ainda era hoje o dia que a semi evitava sentar-se em cadeiras solitárias.

Moral da história: ainda bem que existes semi! Por muitas coisas... mas também porque por tua causa aquela salinha com torneiras e azulejos de casa de banho ficou cristalizada na minha memória... e sempre que lá passo sorrio. Mesmo que o dia esteja a correr muito mal!




PS- Confesso que isto não é uma mentira pegada, mas está romanceado e exagerado. Mas os olhinhos da ite só vêem o mundo cor de rosa e tá bem! Confesso que o objectivo disto é provocar a semi. Pronto, está confessado. Perdoas-me semi?

Saudades da FMUP?

Não consegui ainda decidir se tenho saudades dos seis anos passados dentro daquelas paredes.
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Lembro-me que a minha primeira impressão da faculdade foi: deviam pintar as paredes. A segunda foi enquanto me arrastava de gatas ("quatro, caloira!") pelos corredores do hospital ("dura praxis sed praxis"): estas janelas não devem ser limpas há muitos anos (tinham um aspecto de vidros fumados em tons de castanho...não saberia dizer se para esconder o mundo doentio da vida que continuava indiferente lá fora ou se para esconder em jeito de misericórdia o que a vida poderia ter sido aos doentes cá dentro). A terceira foi quando os "doutores de praxe" permitiram que me levantasse: dei de caras com uma vista muito pouco esperançosa para o cemitério de Paranhos do alto do 6º andar (sim, sim andamos de gatas desde o rés do chão). Lembro-me que estas impressões deprimentes contrastavam com a minha felicidade, com a minha vontade plena de fazer daqueles anos os mais proveitosos da minha vida e sobretudo com a minha alma lavada, clara, transparente disposta a aceitar todos os desafios, dificuldades e sobretudo humanidade e conhecimento que aqueles anos me poderiam proporcionar.
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E agora, que recordo este momento à distancia de quase sete anos, vejo o que não entendi na altura. Esse prenúncio evidente. Que é impossível sair com uma alma imaculada depois de seis anos a viver naqueles corredores. Porque a mágoa de tantas histórias tristes entranha-se. Porque reconhece-se que o conhecimento é demasiado volumoso e rasga as costuras. Porque se aprende a aceitar a aleatoriedade da vida e da morte e isso corrói. Porque se acaba um curso com uma idade muito mais pesada que os 23 anos que o BI documenta. A minha alma sai dessas paredes suja, rasgada, corroída e muito, muito mais humana.

Nesse mesmo dia em que descobri os corredores sujos do hospital, alguém importante discursou para os novos alunos e disse algo parecido com isto (não posso precisar as palavras exactas):
Se querem descobrir a beleza e o brilho da sociedade apreendidas do topo de um arranha-céus enganaram-se na casa; se querem ver o vosso trabalho cristalizado em cada esquina... deviam ter escolhido arquitectura. Aqui só vão encontrar a podridão, o feio, a cave da sociedade onde é atirado tudo aquilo que não se quer ver nas esquinas da nossa sociedade. Aqui o reconhecimento não está esculpido em pedras. Aqui é tudo um olhar.. que não fica registado.

No mesmo dia em que saí daqueles corredores sujos, passados seis anos, alguém importante olhou para mim nos olhos e disse: cada médico carrega um cemitério privado: dos doentes que viu e não descobriu, dos que viu e descobriu mal, dos que viu, descobriu e tratou mal e dos que decidiu não ver. Desejo-lhe um cemitério pequeno..

Saudades da FMUP? Saudades deste processo longo e difícil em que todas estas palavras começam a fazer sentido? Não..

segunda-feira, junho 29, 2009

Euromilhões e tal e coisa..

A propósito disto:

"E, apesar de sempre ter sido bom no que fiz (sempre tive boas notas e sempre me saí bem tanto a nível académico como profissional), acho que trabalhar é uma perda de tempo...mas tem que ser, faz parte da vida. Muita gente diz que se ganhasse o Euromilhões continuava a trabalhar e a ter a vida normal...qual quê! Ia mas era aproveitar a vida, que já tenho quase 25 anos e em menos de nada a vida passa-me à frente."

Lido aqui:

mentedepravada.blogspot.com,

dei por mim a pensar se mudaria a minha vida em termos profissionais se ganhasse o euromilhões ou outro prémio semelhante. E, apesar de esta ser uma altura pouco entusiasmante no meu percurso profissional ( sim, sim ficar 10 horas por dia sentada a estudar o meu amigo Harry não é agradável), tenho a certeza que não mudaria grande coisa neste aspecto da minha vida. Talvez porque o que faço me entusiasme, talvez porque ainda tenho muita vontade de aprender mais (de vez em quando ainda vou à medline ver as "últimas" dos endocanabinóides LOL), mas sobretudo porque sinto que o retorno desse investimento pode realizar-me de uma maneira que apenas o dinheiro não conseguiria.
Certamente que com o euromilhões, poderia dar-me ao luxo de "dosear" melhor as coisas... (adeus noites sem dormir, adeus ver doentes a correr e outras coisas), se calhar até me poderia dar ao luxo de saltar de especialidade em especialidade quando uma me aborrecesse, mas abandonar o que mais gosto de fazer seria algo impensável.

E vocês limoas da minha vida? Depois dos dois anitos de férias obrigatórias após ganhar o euromilhões regressariam ao mundo da medicina?

(eu aqui a divagar em vez de estar a reflectir sobre os efeitos adversos do interferão no tratamento da hepatite vírica.. aiaiaiaiai)

domingo, junho 28, 2009

Pra não dizerem que não publico nada de nada

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Fomos viajar sem sair do lugar
vamos encalhar se o motor não pegar
vamos lá subir sem tentar decair
fomos naufragar e morremos a rir...
(...)
Vamos adorar o TGV chegar
vamos aterrar sem sair do hangar
(...)
Fomos todos parir se o esperma permitir
morremos a rir
.
in "Morremos a Rir- Rui Reininho e a Companhia das Índias"
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terça-feira, maio 26, 2009

Tesourinhos deprimentes do Harry (2)

"Os doentes tratados com heparina com hemorragia grave podem ser tratados com sulfato de protamina que neutraliza a heparina. O sulfato de protamina é uma mistura de polipetídeos básicos isolados do esperma de salmão.."

Duas perguntas: Quem é que se lembraria de testar farmacologicamente esperma de salmão?? Como é que se recolhe o dito cujo??


Ai este Harry... malandrinho malandrinho...

quarta-feira, maio 20, 2009

Tesourinhos deprimentes do Harry (1)

Qual é a coisa (entenda-se doença) qual é ela que pode ter como sintoma dor nos gânglios linfáticos com o consumo de álcool?


Amazing, não é? Que grande episódio do Dr House isto não daria. eheheheheh

domingo, maio 17, 2009

Terapêuticas da Lemon(ite) (1)

Síndroma do Coração Partido
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Primeiros 3 dias

1- Permitir o choro em quantidades industriais. Tem como efeito lateral frequente o comentário: "não sabia que tinha tantas lágrimas"

2- Permitir que se diga mal do agente etiológico (o agente causador da síndroma).

3- Escrever tudo o que vai na alma mas NUNCA enviar ao agente etiológico. Constata-se que é um factor que conduz a uma elevada resistência à terapêutica posterior.

4- Deixar o telemóvel sem saldo. Assim não há o risco de contactar o agente etiológico.

5- Dormir mais de dez horas por dia. São 30 horas em que não se pensa no sucedido.

6- Aceitar colinho e miminho dos amigos. Está provado que o apoio emocional é um factor preponderante no sucesso do tratamento de qualquer patologia.



4º dia

1- Estabelecer contacto com o agente etiológico para avaliar gravidade da situação. Aconselha-se avaliação cuidada com recurso a meios complementares de diagnóstico (ie a racionalidade).

2- Ponderar estratégia farmacológica mais adequada. É muito importante realizar previamente um teste de sensibilidade aos antimicrobianos que se ponderam usar. Uma má escolha conduzirá a uma patologia multirresistente e difícil de curar. Algumas opções: mudar a direcção do relacionamento para uma amizade consistente (poucos casos de sucesso... diria anecdotal reports), para uma amizadezinha ( limites olá.. como estás?... estás com um cabelo diferente.. estou cheio de pressa não posso falar..), para uma amizade colorida (kiss kiss e tal... opção perigosa com alta taxa de recidiva) ou finalmente enterrar a relação num lugar bem fundo e esquecer-se do sítio (ie evitar qualquer tipo de contacto... terapêutica dolorosa com elevada taxa de noncompliance).


5º ao 10º dias

1- Instituição imediata da terapêutica escolhida.

2- Não enfabular.

4- Dar um grande passeio.

5- Escrever uma lista de projectos fantásticos a realizar a médio prazo.

6- Iniciar esforços para conseguir concretizá-los. Um bocadinho de workaholic phase pode ser benéfico.


Um belo dia

1- Já não vai doer nem apetecer chorar quando ouvir o nome do agente etiológico.

2- Cura oficial



Prevenção

1- Evitar contacto com agentes etiológicos parecidos no futuro. Poderá acontecer uma reacção anafilática.


:P :P

Ai este Harry boy.... qualquer dia tenho de inventar uma terapêutica para Síndroma Asneirético Lemonítico ehheehheeh

Coisas que não se devem fazer ao vislumbrar uma lemon(ite) em estado de acidez avançada

1- Não oferecer em situação alguma produtos com cafeína (o efeito é imprevisível e varia desde cantar a Gripe do Amor da Rita Lee em plena via pública ou chorar até ficar com um desequilíbrio hidro-electrolítico perigoso)

2- Nunca perguntar se é Tensão Pré-Menstrual ( risco elevado de ver pratos a voar)

3- Nunca oferecer livros de auto-ajuda (coisa mais deprimente que se pode oferecer)

4-Nunca comentar o raio do corte de cabelo (ver post anterior)

5- Evitar o seguinte comentário: "mudaste de estilo.. é diferente"

Coisas a evitar por uma lemon(ite) em estado de acidez avançada

1- Não entrar em situação alguma em cabeleireiros (risco elevado de sair com cabelo curtinho em tons de cor de burro quando foge)

2- Evitar praias (o mar parece sempre mansinho e quentinho e nada perigoso :P)

3- Evitar centros comerciais (risco elevado de comprar roupa esquisitérrima que fazem as pessoas mudar de passeio quando a vêem)

4- Evitar sites de viagens (de repente uma viagem exótica no meio da selva em Janeiro até parece porreira)

Back!

A limon(ite) ficou com saudad(ite) e decidiu regressar para novas limonadas (entenda-se trapalhadas).

terça-feira, março 10, 2009

E a sinistralidade rodoviária nunca mais será a mesma...

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1ª missão ao volante: condução defensiva com respeito pela segurança do próximo
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2ª: treinar o estacionamento
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3ª: tentar ser uma boa condutora

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4a e última: quando tiver mais prática, posso então aventurar-me ao volante... ou talvez não... :P


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(Oportunamente, informarei os srs automobilistas da matricula do veículo que conduzo)

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