sexta-feira, outubro 02, 2009

Platónico

Ele sorri embevecido. Sempre. Essa é a constante. Tudo o resto varia. Ora fica calado e mexe muito as mãos uma na outra. Ora fala muito depressa num tom de voz mais trémulo que o habitual. Ora dá risadinhas nervosas. Há dez anos que isto acontece. Talvez eu seja uma paixão platónica duradoira. Daquelas genuínas e inocentes que são a representação de alguém que não existe num corpo que existe.

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