O infortúnio bateu-lhes à porta.
A doença entrou
e revirou-lhes a vida do avesso.
Apresentada como transitória,
cedo se instalou e progrediu,
sem piedade ou misericórdia.
Confinadas agora a quatro paredes,
Buscam incessantemente uma cura:
o veneno para ceifar o joio
que teima em destruir o trigo.
Esperam, com paciência, pelo Salvador,
o cavaleiro com o elixir da vida.
Mas os dias passam e a poção não chega.
Os olhares perdidos
vagueiam pelos corredores.
Procuram respostas,
mas ninguém lhes dá atenção.
Anseiam por consolo,
mas ninguém lhes oferece amparo.
Os olhares de dúvida e insegurança
tornam-se apáticos, cinzentos,
vazios ... resignados.
São já olhares de saudade...
O cavaleiro, esse, não aparecerá,
Perdeu-se pelo caminho...
Dedicado a todos os doentes que lutam, desesperadamente, contra A doença.
quinta-feira, junho 01, 2006
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3 comentários:
não querendo ser negro,
mas
mais cedo ou mais tarde,
desta ou daquela maneira,
todos acabamos por fazer
essas mesmas ´figuras´
volto sempre ao tempo do ´gardafato´
afinal para que nascemos?
para este ou aquele fim? (que será sempre cruel)
pedro
Há fins que são pacíficos. Não há maior dádiva que um fim pacífico... E isso também depende de nós e da nossa perspectiva e aceitação generosa perante esse fim.
Light, lindíssimo adorei! :))
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