quarta-feira, setembro 24, 2008
Londres
Nunca cheguei a escrever um poema
sobre
a cidade ser à noite um carrossel
de luzes. nem outro sobre
a fotografia onde fiquei com ar
envergonhado. ou sobre o frio e
o passeio por Hyde Park, onde
pássaros vieram comer às tuas mãos
e eu deixei fugir alguns versos
só para te poder fotografar. ou sobre
a casa estilo vitoriano, que prometeu
ocultar todas as palavras que dissemos
um ao outro, quando ao deitar
nos encolhíamos debaixo de
vários cobertores e mesmo assim
tínhamos frio. ou o definitivo,
aquele que falaria sobre Greenwich
e o meridiano que me ensinou a importância
do tempo que sempre falta, principalmente
quando numa das pontes quis dizer amo-te,
mas havia um autocarro para
apanhar. e era já o último.
Poema de Manuel A. Domingos
Fotografia retirada do sítio www.olhares.com.
Neste Outono de reencontro de amores e amantes, Londres é apenas um símbolo de uma possibilidade infinita, uma esperança e especialmente uma saudade de outros Outonos.
Dedicado a JB e FF, com admiração :)
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3 comentários:
À JB... grande gaija :)
Semy (o y apeteceu-me)
nothing i've ever encountered that could kill me this softly, ransack my soul, and put me to the world of not a sole imagination but a living truth.
de V.
Millions of thanks for you all. for such a deeply mesmerizing, hypnotic and rivetingly enchanting poem.
de um amigo que voces ainda nao conheceram. V.
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