terça-feira, abril 04, 2006

No espelho que olho
Olho-te…
Olho-me?
Quem és tu?
Feições baças de
contornos desamparados
movem-se na sombra.
Inerte ao passar do tempo
aguardas, calando a ira e o vazio.
Em, cada luta renunciada,
quem és tu?
Vidros partidos
sujos, mortos,
sangrados da cor viva
reflectem desejos de ser ocultos.
A vida prende-se
ali naquele fugaz reencontro
ou desencontro de mim para comigo
ignoro-te…
Como se pudesse…
Sempre estiveste por aí…nunca me viste.
Nunca me vi.



Porque há dias que são mais dias que outros, para ti P....

2 comentários:

Anónimo disse...

Acordas pensando que tem de ser
Caminhas além do momento
Apenas mais um dia
E talvez a mudança que desejas

Mas a Doença sempre aparece
Algures aonde a Vida desvanece

Assim te fala o coração
E a tua mão estremece

Cirurgião, que tanto operas em vão

Anónimo disse...

´quem és tu?´

eu...

"(...)

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

Florbela Espanca "

para ti M...