Já faz parte da família há mais de um mês. Apareceu num dia de chuva, escondida entre arbustos no jardim. Não dei logo por ela. Era minúscula e preta mas miava aflita pela mãe que nunca apareceu. Com aquele tamanho só poderia ter chegado até ali se alguém a tivesse atirado para lá ou se a mãe gata a tivesse deixado cair ali. Como nunca nenhuma gata regressou para reclamar o seu filhote, penso que este ser minúsculo é mais uma vítima da crueldade de seres humanos.
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Minúscula, assustada e com frio num dia de chuva. Fugia e escondia-se sempre que alguém tentava chegar mais perto. Instalou-se definitivamente por baixo do meu carro e só saia para comer os biscoitos que colocavamos perto. Com o tempo aproximou-se e acabou por conquistar a amizade dos outros gatos (4!) e a cama do abacaxi.
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Continua assustada mas já permite que cheguemos perto. E já reclama por atenção e comida como os outros gatos. O meu palpite é que daqui a umas semanas já se vai enroscar nas minhas pernas e ronronar como se fosse um aspirador. A minha amèlie. Como aquela que tinha um destino fabuloso e que também era assustada.
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PS- Eu sei que as fotos são fraquinhas mas foram tiradas com o telemóvel e de longe. Em breve tiro umas mais bonitinhas e que façam justiça à amelie. Se se clicar nas fotos elas aumentam e já dá para perceber melhor.
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